Quando falamos em guerra esse é sempre um tópico bem polêmico julgando a história da humanidade e os motivos mais absurdos que iniciaram uma série de matanças de inocentes em meio ao caos instaurado. Apesar da comoção e tristeza para aqueles que perderam muito para o terror que as guerras causam, esse sentimento não se estende aos videogames, pois nada é mais satisfatório em um jogo de FPS (first-person shooter) do que acertar aquele belo headshot e por seu inimigo para dormir, pois afinal ninguém morre literalmente de fato em um videogame, afinal seu soldado irá dar respawn na próxima rodada e você poderá se vingar daquele fulano camper que te fuzilou pelas costas.
Mas antes de jogos competitivos famosos similares aos games que lotavam Lan-Houses igual a Counter-Strike e Battlefield da vida que faz viciados perderam a sua vida (figurativamente) em sessões de tiroteio para tudo quanto é lado em mapas estratégicos e gigantescos, o que iniciava a popularização em jogos de tiros veio da plataforma 2D.
O jogo dessa vez será um dos jogos de tiro mais famosos da era 8 bits, porque afinal quem não é "Contra" à guerra (foi mal pelo trocadilho forçado, foi "contra" minha vontade).
Contra, que também era conhecido por Gryzor na Europa e Oceania (sabe-se lá por quê), foi desenvolvido e publicado pela Konami em 1987, originalmente lançado para fliperamas, tendo a versão de NES lançado um ano posteriormente, em 1988, com várias portabilidades feitas também para alguns aparelhos de computadores caseiros igualmente. Houve também uma versão para um console inferior japonês esquecido chamado de MSX2, cujo devido a limitações gráficas não possuía a passagem por rolagem conforme o movimento do jogador, mas sim por "giro" da tela alternando o foco a partir do momento que o jogador atinge o limite da tela.
Apesar das versões americanas e japonesa serem idêntica, a parte do logo do título, o versão europeia chamada Gryzor apenas possibilitava a jogabilidade de dois jogadores de maneira alternada, ou seja, apenas após o outro jogador perder, diferente das duas demais localizadas que possibilitavam jogar em modo de co-op (cooperativo).
O cartucho do jogo para o NES contava com um tipo de memória gráfica que possibilitava avanços de cutscenes, algo inovador para a época, assim garantindo um desenrolar da estória com narrativa de maneira mais interativa para o jogador.
Uma curiosidade é que o nome Contra se refere a um grupo de rebeldes da Nicarágua que tiveram suporte da CIA e eram notícia nos estados unidos na época. Interessante também ressaltar a capa do jogo, que conta com dois personagens muito parecidos com brucutus muito populares em filmes de ação dos anos entre 1980 e 1990, Arnold Schwarzenegger (trajado em sua roupa de guerrilha similar ao primeiro filme Predador) e Sylvester Stallone (vestindo sua roupa de combate de Rambo, o que inclui a faixa vermelha simbólica em sua testa).
Comparação da capa do jogo e os brucutus (pura coincidência). |
Contra relata a estória de dois combatentes, Bill e Lance, cujo objetivo é se infiltrar primariamente em uma base militar localizada em algum ponto da américa latina, onde ambos possuem um arsenal ilimitado para meterem bala em tudo que aparecer pela frente, além de contar com power-ups que melhoram (ou pioram) os tiros de suas armas. O jogo possui um pseudo-3D também em áreas onde os inimigos apenas percorrem em cima da tela e o jogador deve andar para as laterais para desviar dos tiros dos inimigos, enquanto troca tiros com os mesmos. (Spoiler) Contudo conforme a estória progride, o jogador acaba por descobrir que uma invasão alienígena (com monstros parecido com os Aliens do filme de mesmo nome) estava acontecendo, similar ao que ocorre no relativamente pouco mais recente Crysis (Double Spoiler).
Uma característica ressaltante é que Contra (do Nintendinho ainda), apesar de ultrapassado, ainda é um jogo muito divertido para jogar mesmo nos dias de hoje com os mais estilizados FPS de alta definição, principalmente se tiver um amigo para compartilhar de horas de diversão em meios a um campo aberto repleto de balas perdidas.
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